CAU Artigo 07/2020
Em 15 de outubro teremos novas eleições do CAU São Paulo.
O que esperarmos do Conselho de Arquitetura?
Como gostaríamos que esse nobre conselho fosse formado?
Quais pautas compete ao CAU?
O que em verdade ele representa sendo uma das forças pensantes da única classe formada por Urbanista no Brasil?
Isso significa que o único profissional habilitado para pensar e projetar a cidade é de escopo dos arquitetos.
Tenho me perguntado o que fazemos com esse título que adquirimos quando de nossa formação.
Como temos utilizado dessa expertise especificamente nessa área.
O que verdadeiramente produzimos nesse nicho do pensar?
Como estamos nos comportando?
Como estamos usando a sabedoria que conquistamos para orar (ação da hora), para defendermos os direitos constitucionais.
Vejo o CAU preocupar-se tanto com a aquisição de uma sede que beira R$ 40.000.000,00 (quarenta bilhões de reais), porém pouco vejo seus recursos voltarem para a fonte das quais saíram.
O estado de São Paulo é constituído por 645 municípios, distribuídos em 42 regiões de governo, 14 regiões administrativas e 3 regiões metropolitanas.
Caso dividíssemos a compra dessa sede para todos os municípios daria um saldo de R$ 62.000,00 (sessenta e dois mil reias por municípios, divididos por três anos de mandato, teríamos R$21.000,00 por ano por município.
Com esse recurso, conseguiríamos alugar uma sede em cada cidade e ainda sobraria dinheiro para aquisição de um computador.
Daí para frente cada cidade conseguiria com essa ajuda inicial organizar-se, fortalecer-se e verdadeiramente representar nossa tão honrada classe de profissionais.
Caso isso acontecesse daríamos um salto de união, de identidade, de isonomia, de igualdade em todas as matizes.
Poderíamos com uma das forças representantes da sociedade democrática de direito, ajudar cada cidade desse estado na implantação das políticas públicas tão deficitárias e tão desorganizadas, por falta indiscutível de nossos profissionais e seus posicionamentos, ausente desse debate democrático.
Vejo nossos arquitetos se organizarem para essas eleições preocupados com “ideologia de gênero” que em minha opinião é uma insanidade e não tem nada haver com os princípios e os auspícios de nossas profissão.
Reflitamos na dificuldade de implantar um banheiro “A GENERE” por exemplo, teríamos que ter uma série de regras de normas de decretos, criar identificação sectárias, colocar um porteiro para poder verificar a possibilidade de qual banheiro entrar, etc.
Precisamos de menos regras, menos, normas, menos leis, precisamos simplificar a vida e garantir os direitos constitucionais.
Vejo discussão sobre não poder ter ensino a distância, o que entendo ser um retrocesso uma vez que ficará impossível para um especialista em “Lean Construcion” digamos o “Top One” por exemplo estar disponível para todos os municípios ajudando na formação continuada por especialista e ou por profissionais de outros países por exemplo, onde todos pudessem aprender mesmo que a distância tendo a oportunidade do aperfeiçoamento profissional pois uma pequena minoria de professores acham que irão perder suas cadeiras nas universidade o que não é verdadeiro.
O CAU inclusive poderia estar montando curso de especialização, de MBA, promovendo e disseminando o ensino e ajudando efetivamente seus associados, o que até hoje é uma falácia.
Com a mente impregnada de conceitos fragmentários tais como a “ideologia de gênero” do exclusivismo do saber, da disputa da diferenças de classes, do foco onde as arquitetas são descriminadas e ganham menos, vejo que nossa tão nobre classe de Arquitetos perderam a noção de suas qualificações e especificidades e passaram a entrar para outros ramos do saber que compete por exemplo a ciência, a sociologia, a historiografia, física, a química, a zoologia, a medicina e principalmente a jurisprudência, além de todos os outros ramos do saber, isso muito me preocupa, pois a fundação do CAU, deu-se em parte por querer a não invasão dos Engenheiros em seus ramos de especificação, hoje vejo o CAU entrando em terrenos que são no mínimo insanos.
O resultado de tudo isso é que temos um CAU intitulando-se como PhDs em todas as áreas e quer abarcar em seus manifestos de agradabilidade geral, invadir todas as bandeiras enviesadas corrompendo-se para não perder nenhum voto.
Isso é lógico? É certo? É moral?
Deixem seus comentários e expressem suas visões de como gostaria que o CAU atuasse em sua cidade.
Att. Arthur Dória Guzzo
Imagem de pencil parker por Pixabay
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