Porque contratar um Arquiteto ou Engenheiro
“De médico e de louco, todo mundo tem um pouco!”
Se fossemos parafrasear o ditado popular, eu diria que “Arquiteto e Engenheiro, todos somos um pouco, companheiro!”
A rima pode não ser tão boa, mas de qualquer forma o resultado será o mesmo. Todos somos um pouco arquitetos e engenheiros, pensamos e fazemos o que achamos ser as melhores soluções para nossos projetos, nos esquecendo que nos falta o conhecimento mais complexo, o que nos diferencia enormemente desses profissionais.
É fácil imaginar que ninguém em sã consciência possa se propor a fazer uma auto cirurgia, mas fica melhor de se imaginar que as pessoas de forma geral se auto diagnosticam, nem sempre (diria que na maioria das vezes) de forma correta, e se auto medicam de igual forma. Como as consequências nem sempre aparecem de forma imediata, imagino que essas atitudes passam a não ter grande importância para nós.
Imagine agora, que o diagnóstico pode estar equivocado e o remédio tomado possa nos colocar em risco, certamente isso nos levaria a pensar várias vezes antes de tomarmos qualquer atitude, ou simplesmente, consultaríamos um especialista. Certamente o especialista não seria o farmacêutico, porque esse só nos aviaria a receita, mas um médico mesmo.
Da mesma forma, ao falarmos de projetos e construções, temos algumas questões análogas.
1 – A primeira delas, diz respeito ao seu projeto!
Embora você possa pensar que ninguém melhor que você sabe das suas necessidades, é um arquiteto (em alguns casos onde não há um deles, um engenheiro) que vai avaliar as suas reais necessidades, aquilo que você diz e aquilo que você não diz, mas que ele certamente lerá nas entrelinhas, e finalmente, fazer uma exposição inicial das suas necessidades, aquelas que certamente você sabe, e algumas que nem você mesmo sabia que poderia precisar. Isso faz uma enorme diferença, e a partir daí começamos a falar de qualidade, não de aparência, mas de elaborar um programa de projeto, que não seja além ou aquém daquilo que você precisa e pode fazer.
Com todas as informações em mãos, inclusive os dados do imóvel, a legislação edilícia, o conjunto de normas e outras condicionantes ambientais, insolação, ventos, ou mesmo a disponibilidade financeira, o arquiteto (ou o engenheiro como já mencionado antes) iniciará um processo de estudos (anteprojeto) que culminará ao final do processo, no projeto arquitetônico do seu empreendimento.
Os engenheiros por sua vez, orientados pelo projeto arquitetônico, elaborarão com base nas Normas Brasileiras específicas, os projetos de fundações, estrutura, instalações elétricas e hidráulicas, os projetos complementares do empreendimento.
2 – A segunda diz respeito ao custo e qualidade dos projetos e obras.
É possível que você possa pensar que o envolvimento de todos esses profissionais possa resultar em alto custo, para o qual você não tenha recursos necessários, ou mesmo que isso pode ser um desperdício de precioso recurso que poderia ser transformado diretamente em obra.
Isso não é verdade, porque em princípio, todos profissionais habilitados são inscritos em Conselhos Federais que regulam sua atuação; além disso, os bons profissionais são comprometidos com seu trabalho, e dentro desse comprometimento, uma condição básica será sempre fazer o melhor pelo menor custo, ou ainda obter através de um projeto bem elaborado, o melhor desempenho (lembre-se nem além, nem aquém do necessário) possível a um mínimo custo, e aqui vamos diferenciar o preço do custo, nesse contexto:
Imagina-se que o preço é o valor instantâneo do bem que se pretende adquirir, e, o custo, é o preço + desempenho do bem ao longo do tempo; com isso, é possível imaginar que o nem sempre o melhor preço resulta em menor custo, e essa é uma avaliação que se faz desde o projeto; ou seja, a qualidade aplicada desde o início do projeto através da história e experiência de cada profissional.
3 – A terceira, é relacionada à fase de planejamento do seu empreendimento.
Projetos finalizados, é hora do planejamento da execução das obras!
Nesse momento, o profissional contratado ( a partir daqui, poderá ser o arquiteto ou engenheiro ) tratará dos valores disponíveis, os mais adequados métodos de construção para atender à condição técnica e financeira ou econômica aos projetos elaborados; ou seja, ainda a melhor relação custo-benefício da obra, seus prazos, organização, fornecedores escolhidos, e outros itens que podem comprometer os custos ou mesmo os prazos de execução. Um dos desafios que essa etapa impõe, é exatamente fazer a maquete numérica e temporal do empreendimento, de forma a satisfazer o mais proximamente possível as necessidades do contratante no que diz respeito às diversas condições estabelecidas, inclusive as restrições de custos ou desvios de orçamentos.
4 – A execução das obras.
Ao longo dessa etapa, ocorrem os maiores desafios, normalmente de monitoramento e constante replanejamento da obra, de forma a cumprir as condições planejadas anteriormente. É simplista, mas usual dizer que uma obra bem planejada é um detalhe, ao passo que uma obra mal planejada é uma enorme enxaqueca!
Um profissional com conhecimento e experiência, pode diminuir muito os riscos e dores de cabeça que essa etapa pode causar.
O relacionamento com a mão de obra empregada no empreendimento, seja por empresa própria ou mesmo por empreitada ou outra forma de prestação de serviços, a segurança desses trabalhadores, e finalmente os vínculos estabelecidos entre as partes, são parte integrante dessa etapa que precisará ser continuamente avaliada.
Mesmo com muito planejamento, pode haver surpresas indesejáveis, que se tratadas com profissionalismo e experiência, podem ser sempre e rapidamente contornadas.
5 – Finalização das obras.
Se você chegou ao final das obras de seu empreendimento sem grandes surpresas, inclusive as financeiras, certamente isso se deve em grande parte ao desempenho dos profissionais que você eventualmente contratou – eles conseguiram cumprir a condição básica na relação Custo-Benefício que foi estabelecida, e o valor investido nesses profissionais, deve ter sido resultado direto da racionalização dos trabalhos, ou mesmo do controle de perdas e desperdícios, que nem sempre são aparentes para você, mas certamente sairiam do seu bolso.
O que quero dizer é que você não vai sentir grande diferença de preço, porque com eles, o custo seria muito inferior – sem as perdas visíveis e invisíveis, o empreendimento ganharia qualidade e por consequência, alto valor agregado pelo mesmo preço.
Esses profissionais sabem por experiência de sua história, o lugar de cada profissional na equipe; assim, conseguem obter o melhor rendimento dos recursos humanos investidos e mesmo dos materiais e equipamentos aplicados na execução dos serviços. Melhor que isso, seu empreendimento agregou qualidade e segurança, desde o projeto arquitetônico criativo, os projetos técnicos de instalação complementares, e finalmente, o acabamento e desempenho obtidos do conjunto da obra (literalmente). Os recursos humanos foram aplicados com segurança e confiança, fazendo o melhor trabalho possível, e o resultado, será certamente um imóvel mais valorizado que outros que não tiveram o mesmo resultado final; ou seja, o seu investimento terá melhor retorno ou rentabilidade garantida.
Finalmente, você terá sempre um alinhamento das responsabilidades dos diversos e habilitados profissionais, um cadastro confiável de sua obra, que poderá ser utilizado a qualquer tempo, inclusive nas futuras reformas ou ampliações, ou mesmo atualizações desejadas.