Nova forma de morar com Tecnologia!
Vivemos em um momento de profundas transformações em todas as áreas das nossas vidas. Seja por conta da pandemia que estamos passando seja pela busca inesgotável das pessoas por melhorar sua qualidade de vida.
Espaços inteligentes acabaram sendo a solução para tudo isso, aonde vários conceitos se unem para proporcionar bem-estar, conforto, sustentabilidade, economia e segurança, principais pilares da tão falada Automação Residencial.
Vale a pena ressaltar que o conceito de inteligência não está apenas na questão tecnológica da Automação Residencial conhecida também como Domótica – termo voltado para a automação residencial desde a década de 70 e disseminado pelo Inteligent Building Institute com sede em NY, para a integração de várias tecnologias que juntas conseguem propiciar uma nova forma de morar, gerenciar, controlar e de se relacionar com a própria casa.
Mas o que seria isso realmente? Existem várias visões sobre esse assunto, mas prefiro simplificar da seguinte forma:
Automatizar e controlar o acionamento de várias tarefas rotineiras como iluminação, cortinas, som, fechaduras, porteiro eletrônico, ar condicionado, sensores tudo de forma integrada através de plataformas em celulares ou por comando de voz.
O que nos leva a crer que o que importa agora é desacelerar e focar no que realmente importa simplificando o modo de viver, automatizando realmente tarefas que nos tiram tempo para conviver com quem amamos e de quem queremos cuidar… e às vezes nem percebemos. A distância agora não é mais uma barreira para podermos fazer isso já que câmeras e sistemas de automação com controles pelo celular estão cada vez mais comuns no dia a dia da arquitetura residencial e da vida das pessoas.
Além disso, a tecnologia vem exatamente para que vivamos sem perder nosso bem mais precioso: o TEMPO e gerenciar coisas que normalmente precisamos que outras pessoas façam por nós.
Estamos falando de sair do automático e resgatar nossas raízes, de conviver usufruindo de tudo que tecnologia pode nos proporcionar sem exibicionismos, mas com consciência do futuro e consistência do presente.
Não estamos mais falando de uma robotização fria e inatingível, nem de espaços robotizados e sem vida, mas de processos e experiências enriquecedoras e inclusivas, como as mais recentes tecnologias: Streaming (Netflix e spotfy), assistentes de voz (Google home e Alexa), imagens de alta definição e reconhecimento de íris e biometria…todas elas já estão e irão revolucionar a forma como lidamos com nosso próprio lar e com o mundo.
Cada vez mais nos deparamos com uma realidade aonde podemos nos conectar com tudo e com todos, de forma simples e descomplicada o que nos leva a pensar que tanto a Domótica quanto a Internet das Coisas já nasceram conosco.
Esse pensamento, só precisa ser mais absorvido e utilizado de forma natural sobretudo por profissionais da área (arquitetos, engenheiros, designers, integradores) para que tudo possa ser projetado em conjunto desde o início, evitando assim, as problemáticas que por alguns momentos passamos, na implantação de tais tecnologias.
Estamos falando de uma revolução que há muito já acontece em outros países, como nos EUA e Europa, ela nos mostra que a evolução tecnológica é algo permanente e crescente em todas as esferas e que teremos que nos adaptar de uma forma ou de outra, e já nos adaptamos, mesmo sem perceber, pois não há mais como negar isso.
Ainda que passe despercebida na maior parte do tempo, a tecnologia está presente em praticamente tudo: do pedido de comida e do acesso ao banco pelo celular até a educação a distância, a telemedicina e as cidades inteligentes. A tendência é ela estar cada vez mais embarcada e imperceptível em nossa rotina diária.
Empresas de tecnologia como a Cisco, apontam que essa transformação vem apoiada na conectividade. A internet das coisas (IoT), impulsionada pelas redes de quinta geração (5G), pela nuvem, pelo poder de processamento de grandes volumes de dados e pela inteligência artificial (IA), chega a passos largos para revolucionar ainda mais a sociedade como a conhecemos.
Segundo um estudo da empresa, entre 2019 e 2022 o volume de tráfego nas redes globais vai ultrapassar a soma de todos os anos de internet entre 1984 e 2016. Serão mais 12 bilhões de dispositivos habilitados para conexão móvel e IoT. Em outras palavras, mais tráfego será criado nestes três anos do que nos 32 anos anteriores juntos.
Porém, não podemos esquecer que o que importa é absorver essas tecnologias para aumentar a convivência com a família, a produtividade, o lazer e o descanso, buscando uma relação mais ecológica e harmoniosa com os recursos naturais e preservando nossas próximas gerações desde agora.
Desta forma, estamos falando sim em uma nova forma de morar, mas acredito que seja bem mais que isso, acredito que estejamos vivendo uma nova forma de nos relacionar com tudo e com todos e que cada vez mais a tecnologia estará presente em nossas vidas nos auxiliando e promovendo experiências enriquecedoras e inesquecíveis.
Sejamos criadores da nossa própria realidade tecnológica!
Adriana Pestana
Arquiteta e Urbanista
Especialista em Automação Residencial (Domótica) e Edifícios Inteligentes (Universidade Politécnica de Madri /Espanha